GAINDESAT-1A, o primeiro satélite fabricado por técnicos senegaleses, já está em órbita. O equipamento foi lançado no último fim-de-semana, a partir da base de Vandenberg, na Califórnia, Estados Unidos.
Em reacção ao lançamento, com sucesso, do satélite, Bassirou Diomaye Faye, Presidente do Senegal, afirmou, citado pela imprensa local, que o acto marca um grande passo rumo à “soberania tecnológica” do país.
“Fruto de cinco anos de trabalho árduo dos nossos engenheiros e técnicos, este avanço marca um grande passo em direcção à nossa soberania tecnológica. Gostaria de expressar todo o meu orgulho e gratidão a todos aqueles que tornaram este projecto possível”, disse o Chefe de Estado senegalês.
O GAINDESAT-1A será responsável nomeadamente pela recolha de dados para vários órgãos do Estado senegalês, incluindo a Direcção de Gestão e Planeamento de Recursos Hídricos, a fim de melhor gerir os recursos do país.
Também irá recolher dados para a Agência Nacional de Aviação Civil e Meteorologia do Senegal para ajudar a melhorar as previsões meteorológicas e a segurança da aviação.
Trata-se de um projecto com custo estimado de 1 milhão de dólares e que estava a ser tecnicamente desenvolvido pela Agência Senegalesa de Estudos Espaciais (ASES).
“Pensávamos que os satélites eram muito caros e não acessíveis aos países africanos, mas graças a um redimensionamento para projectos mais pequenos, conseguimos fabricar satélites a custos muito mais baixos”, disse, há duas semanas, Maram Kairé, director-geral da ASES.
Kairé referiu que a instituição que dirige, criada em Março de 2023, pretende fazer do Senegal uma “nação com uma indústria espacial desenvolvida, com recursos humanos e infra-estruturas de qualidade”.
Explicou que, entre as missões da Agência Senegalesa de Estudos Espaciais, consta o apoio ao desenvolvimento de recursos humanos e desenvolvimento de competências no sector espacial.
Sendo o estabelecimento de infra-estruturas terrestres elemento fundamental no domínio da tecnologia espacial, Maram Kairé anunciou que está prevista, com parceiros, a construção de um centro de montagem, integração e testes de micro-satélites.
“Este centro permitirá aos jovens trabalhar no quadro do desenvolvimento de uma indústria espacial senegalesa, com o objectivo de fabrico local de peças, que servirão para projectar micro-satélites, cartões electrónicos, peças sobressalentes, entre outros”, perspectivou.
Se o país conseguir enfrentar e vencer estes desafios, prometeu o director-geral da ASES, Senegal poderá tornar-se líder no sector espacial na África Ocidental nos próximos cinco anos.

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