Programação Macroeconómica do Executivo para o ano 2024 (PME 2024) prevê, para o sector real da economia, um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem dos 3,01%, face aos 2,84% inicialmente previstos no Orçamento Geral do Estado (OGE) 2024. Entretanto, de acordo com o ministro do planeamento, Victor Hugo Guilherme, existe, também, uma possibilidade de o PIB registar um crescimento de apenas 0,52%.
Ao discursar na 3.ª edição da conferência ‘Angola Economic Outlook’, que decorre numa das unidades hoteleiras de Luanda, sob o tema ‘Segurança Alimentar: Realidade, Desafios e Oportunidades’, Victor Hugo Guilherme explica que a possibilidade enquadra-se na perspectiva de um cenário pessimista, influenciado pela contracção do sector petrolífero em 3,07% e um desempenho positivo de 2,05%.
Entretanto, além deste cenário, o governante avisa que existem, também, perspectivas de um cenário realista e outro optimista. Quanto ao cenário realista, revela, perspectiva-se uma taxa de crescimento de 2,8%, justificado pelo desempenho positivo do sector não petrolífero e pela contracção do sector petrolífero em cerca de 2,47%.
Relativamente ao cenário optimista, as projecções apontam para uma taxa de crescimento do PIB de 3,01% em 2024, influenciado pelo crescimento do sector não petrolífero em cerca de 5,31%, contra os 4,62% do OGE 2023, e pela contracção do sector petrolífero, incluindo o gás, que prevê uma contracção de 3,22%, ligeiramente acima da previsão inicial de 2,47%.
Nesta perspectiva, de acordo com o titular do Ministério do Planeamento, o comportamento do sector não petrolífero será impulsionado pelo crescimento dos sectores da agricultura com 6,5%, das pescas e derivados em 6,0%, da indústria transformadora em 5,08%, da construção com 6,87%, da energia com 10,6%, dos serviços mercantis em 7,24% e outros serviços em 5,77%.
A perspectiva optimista consta de um documento aprovado pela Comissão Económica do Conselho de Ministros, na sua primeira reunião ordinária, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, no Palácio Presidencial.
A Programação Macroeconómica Executiva para 2024 indica, também, que o sector fiscal vai apresentar um saldo fiscal superavitário de 1,82% do PIB, contrariamente à perspectiva inicial de saldo fiscal de 0,02% do PIB no OGE 2024.
No sector monetário, espera-se um crescimento homólogo da base monetária na ordem dos 4,08% e, no sector externo, o saldo superavitário da balança de pagamentos na ordem de USD 198,50 milhões, resultará num aumento das reservas internacionais, cujo stock deverá fixar-se no final do período, em USD 14,93 mil milhões.

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