Senegal, Etiópia, Níger, Côte d’Ivoire, Uganda e Benin são os sete países africanos que deverão registar, no período entre 2024 e 2026, taxas médias de crescimento superiores a 6%, de acordo com as últimas projecções do Banco Mundial.
Apesar de uma situação económica ainda difícil, vários países africanos deverão registar elevadas taxas de crescimento até 2026, observa o BM, adiantando que estes aumentos são o resultado de factores políticos e da robustez de alguns sectores tradicionais aos quais se agregaram novas actividades económicas.
O crescimento económico médio dos países do continente africano deverá aumentar de 3%, em 2023, para 3,5% em 2024 e para 4% em 2025 e 2026, segundo estimativas do Banco Mundial deste mês de Junho, citadas pela imprensa marroquina.
A descida da inflação e o seu impacto no consumo, a queda das taxas directoras e as suas repercussões nas taxas de juro e, consequentemente, no investimento serão os principais motores deste crescimento.
A esta lista juntam-se os efeitos das políticas agrícolas levadas a cabo no quadro da soberania alimentar, do desenvolvimento de serviços e do início da exploração de hidrocarbonetos em determinados países.
Estes factores combinados deverão permitir que mais de quinze países do continente registem taxas de crescimento superiores a 5% em 2024. Melhor ainda, destaca o BM, muitos países africanos poderão registar taxas médias de crescimento superiores a 6% durante o período 2024-2026.
Se alguns deles se habituaram a taxas de crescimento elevadas, outros beneficiam, sobretudo, do contributo de novos sectores de actividade, nomeadamente do arranque da exploração de jazidas de hidrocarbonetos.
Examinando os factores favoráveis à evolução do PIB por país, verifica-se que um forte crescimento não rima necessariamente com recursos mineiros e petrolíferos, descreve a instituição de Bretton Woods.
A Nigéria, a Argélia, a Guiné Equatorial, o Chade, Angola e o Congo, para citar apenas alguns dos maiores produtores de hidrocarbonetos em África, são a melhor ilustração disto.
Por outro lado, observa ainda o BM citado pela mídia marroquina, certos países que conseguiram diversificar as suas economias, concentrando-se mais nos serviços, na agricultura e na indústria, estão a ter melhores resultados, registando taxas de crescimento muito boas ao longo do tempo. Este é o caso particular dos sete países já referidos, principalmente do Rwanda e da Etiópia.