Foi oficialmente lançada a campanha “Raízes Reconectadas – Unindo a Herança Angolana nas Américas”, uma iniciativa que assenta num modelo inovador de financiamento colectivo (crowdfunding) para desenvolver o potencial económico e turístico da região de Massangano, no Corredor do Kwanza.
A campanha, uma parceria entre os Ministérios do Turismo e da Cultura, o PNUD Angola e a Câmara Americana de Comércio (AmCham), pretende canalizar investimentos, particularmente da diáspora angolana e afrodescendente, para financiar directamente projectos locais. O objectivo é transformar a área num destino de turismo cultural de referência, criando simultaneamente valor económico para as comunidades.
O lançamento oficial, que contou com a presença dos ministros do Turismo, Dr. Márcio Daniel, e da Cultura, Dr. Filipe Zau, além da Representante Residente do PNUD em Angola, Dr.ª Denise António, marcou o arranque de uma estratégia que visa criar um ecossistema de negócios em torno do património histórico.
Foco no Desenvolvimento Económico Local
O plano de acção da campanha tem um forte componente de desenvolvimento de pequenas e médias empresas (PMEs) locais. Estão previstos apoios concretos para iniciativas de turismo comunitário, eco-turismo e agro-turismo, com especial enfoque na capacitação de mulheres e jovens para que possam integrar a cadeia de valor do sector.
“Estamos a criar as condições para que o património cultural se traduza em oportunidades de negócio sustentáveis para as populações”, afirmou o Ministro do Turismo, Dr. Márcio Daniel, durante a cerimónia. A estratégia inclui ainda a valorização de infra-estruturas, com a criação de um memorial ao ar livre e exposições históricas, projectos que também serão alvo de financiamento através da plataforma.
Meta Estratégica: Candidatura a Património Mundial da UNESCO
Para agregar valor e visibilidade internacional ao projecto, os promotores avançarão com a candidatura do Corredor do Kwanza a Património Mundial da UNESCO. Este movimento estratégico pretende não só preservar o legado histórico, mas também amplificar o apelo do destino junto do mercado turístico internacional, aumentando o retorno potencial para os investidores e para as comunidades locais.
A campanha “Raízes Reconectadas” representa, assim, um caso paradigmático de como o financiamento colaborativo pode ser mobilizado para o desenvolvimento económico local, unindo identidade cultural, sustentabilidade e uma estratégia clara de geração de renda.

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