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Receitas de diamantes baixaram e Botswana decretou emergência nacional de saúde pública

Victória Maviluka
27/8/2025
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Foto:

Presidente da República anunciou, em discurso televisivo, um plano financeiro para retificar a cadeia de suprimentos envolvendo supervisão militar.

A economia de Botswana, bastante dependente de receitas dos diamantes, está a enfrentar sérios problemas, devido à queda do preço das ‘pedras preciosas’ no mercado internacional. Com escassez de liquidez para fazer face aos desafios do país, as autoridades locais decretaram estado de emergência de saúde pública.

Em causa estão insuficiências de medicamentos essenciais e equipamentos médicos, cujas aquisições estão seriamente condicionadas também por cortes na ajuda dos Estados Unidos (EUA), que têm causado altos níveis de desemprego e pobreza.

“O trabalho continuará ininterrupto até que toda a cadeia de valor de aquisição seja corrigida. Não tenho dúvidas de que, muito em breve, superaremos. Isso definitivamente não é intransponível”, disse o Presidente da República, Duma Boko, sobre medidas em curso para conter a situação.

Citado pela imprensa local, o Chefe de Estado referiu, num discurso televisivo, que o Ministério das Finanças havia aprovado 250 milhões de pula (cerca de 18,5 milhões de dólares) em financiamento de emergência.

Duma Boko anunciou medidas para conter a situação

Advogado de 55 anos, formado em Harvard, Boko venceu folgadamente as eleições de 2024, tirando do poder o partido que governou o país por 58 anos. Na campanha eleitoral, prometeu revolucionar  a economia, reduzindo a excessiva dependência dos diamantes.

No início deste mês, o Ministério da Saúde informou que estava a enfrentar “desafios significativos”, incluindo escassez de medicamentos e dívidas de mais de 74,3 milhões de dólares.

A maior parte dessas dívidas, reporta a imprensa local consultada pela revista E&M, reporta casos de pacientes internados em hospitais privados para serviços que não estavam disponíveis nos estabelecimentos sanitários públicos.

As escassez inclui medicamentos e suprimentos para tratamento de câncer, HIV (dos países africanos com maior incidência) e tuberculose. Antes de a Administração Trump ter cortado a ajuda ao país, os EUA financiavam um terço da resposta ao HIV em Botswana.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) apelou à “acção urgente” no país para “proteger a saúde e o futuro de todas as crianças”, e lembrou que “a desnutrição é uma luta diária” em cidades como D'Kar.