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Reduzir pobreza energética passa por uma transição justa e inclusiva, defende ministro dos Recursos Minerais

Cláudio Gomes
14/9/2023
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Foto:
DR

Ministro Diamantino Azevedo defendeu uma transição energética mais justa e inclusiva visando salvaguardar o bem-estar social e económico das populações, sobretudo as de País pobres.

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, falava na sessão de abertura da IV Edição da Conferência Angola Oil & Gas (AOG 2023), que teve lugar ontem, quarta-feira, 13, em Luanda, que reuniu centenas de participantes, entre nacionais e estrangeiros.

Actualmente, cerca de 600  milhões de pessoas em África vivem em situação de pobreza extrema energética, ou seja, sem acesso a qualquer  fonte de energia moderna, situação que pode ser invertida, na sua óptica, através da transição energética justa.

Para o efeito, o ministro defende, também, a utilização de todas as fontes de energia existentes, medida que possibilitará aos países produtores de petróleo e gás  a continuarem a desenvolver os seus recursos, para  promoverem o seu crescimento e desenvolvimento económico.

“África possui abundantes reservas provadas estimadas em  cerca de 120 mil milhões de barris de petróleo bruto e  centenas de trilhões de pés cúbicos de gás natural. Por outro  lado, este continente tem fontes de energia renováveis  consideráveis, nomeadamente hidroeléctrica, eólica, solar e  biomassa”, sublinhou.

Com estes recursos, realçou Diamantino Azevedo, o continente africano poderá contribuir  para a redução da pobreza energética extrema, entretanto, caso se consiga mobilizar os investimentos necessários para exploração das  diversas fontes de energia e desenvolvimento de infra-estruturas.

Salientou que no caso de Angola, a segurança energética e a descarbonização estão a ser tratadas no quadro da  diversificação da matriz energética. “Além da intensificação do investimento em projectos hidroeléctricos, o Executivo  tem desenvolvido vários projectos fotovoltaicos e promovido a reconversão de unidades de  produção de energia térmica a diesel para gás”, afirmou.

O sector petrolífero, por via da Sonangol e seus parceiros, explicou, tem implementado  projectos de energias renováveis com realce para os de Caraculo no Namibe (inaugurado),  e Quilemba, na Huíla, ainda em fase de execução.

Lembrou, que a Sonangol leva a cabo estudos para o desenvolvimento de um projecto de hidrogénio verde e está a construir o seu Centro  de Pesquisa e Desenvolvimento no Sumbe, província do Cuanza  Sul, para a realização de pesquisas ligadas aos  hidrocarbonetos, energias renováveis e minerais críticos para  a transição energética.