O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, falava na sessão de abertura da IV Edição da Conferência Angola Oil & Gas (AOG 2023), que teve lugar ontem, quarta-feira, 13, em Luanda, que reuniu centenas de participantes, entre nacionais e estrangeiros.
Actualmente, cerca de 600 milhões de pessoas em África vivem em situação de pobreza extrema energética, ou seja, sem acesso a qualquer fonte de energia moderna, situação que pode ser invertida, na sua óptica, através da transição energética justa.
Para o efeito, o ministro defende, também, a utilização de todas as fontes de energia existentes, medida que possibilitará aos países produtores de petróleo e gás a continuarem a desenvolver os seus recursos, para promoverem o seu crescimento e desenvolvimento económico.
“África possui abundantes reservas provadas estimadas em cerca de 120 mil milhões de barris de petróleo bruto e centenas de trilhões de pés cúbicos de gás natural. Por outro lado, este continente tem fontes de energia renováveis consideráveis, nomeadamente hidroeléctrica, eólica, solar e biomassa”, sublinhou.
Com estes recursos, realçou Diamantino Azevedo, o continente africano poderá contribuir para a redução da pobreza energética extrema, entretanto, caso se consiga mobilizar os investimentos necessários para exploração das diversas fontes de energia e desenvolvimento de infra-estruturas.
Salientou que no caso de Angola, a segurança energética e a descarbonização estão a ser tratadas no quadro da diversificação da matriz energética. “Além da intensificação do investimento em projectos hidroeléctricos, o Executivo tem desenvolvido vários projectos fotovoltaicos e promovido a reconversão de unidades de produção de energia térmica a diesel para gás”, afirmou.
O sector petrolífero, por via da Sonangol e seus parceiros, explicou, tem implementado projectos de energias renováveis com realce para os de Caraculo no Namibe (inaugurado), e Quilemba, na Huíla, ainda em fase de execução.
Lembrou, que a Sonangol leva a cabo estudos para o desenvolvimento de um projecto de hidrogénio verde e está a construir o seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento no Sumbe, província do Cuanza Sul, para a realização de pesquisas ligadas aos hidrocarbonetos, energias renováveis e minerais críticos para a transição energética.

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