A Ribalta Trend, detentora da marca Vozes e Códigos, juntou, na última quinta-feira, 10 de Julho, em Luanda, vários especialistas para reflectir sobre o impacto, os desafios e as oportunidades da Inteligência Artificial (IA) na transformação da educação em Angola, com foco em inovação pedagógica, inclusão e ética.
Além de especialistas, o evento contou com a presença de gestores públicos e de instituições privadas, académicos e representantes da sociedade civil.
“Infelizmente, nem todas as instituições de ensino, em especial as instituições públicas, têm condições para suportar essa nova era da tecnologia. Então, achamos por bem debatermos sobre esse assunto”, explicou Adriana Bessa, directora de comunicação da Ribalta Trend.
De acordo com a responsável, a Ribalta Trend organizou o evento no intuito de enquadrar todo mundo nesse fórum e debater as estratégias que o Estado pode aplicar para que as instituições públicas e privadas possam implementar a IA no método de ensino de forma assertiva.
Sem precisar a data, Adriana Bessa anunciou que a terceira edição do respectivo fórum já está pensada, ainda para este ano, no mês de Agosto.
Angola é um terreno fértil para a área IA - Sandra Mainsel
Angola é um país com terreno fértil para o uso da Inteligência Artificial (IA), afirma Sandra Mainsel, jornalista e especialista em literacia digital.
Participando como uma das oradoras do Fórum “A Inteligência Artificial e o Futuro da Educação em Angola”, a também docente universitária explicou que o impacto positivo desta ferramenta exige, entre outros aspectos, que se priorize a questão da literacia digital.
“Se não educarmos as pessoas sobre como manusear a inteligência artificial, como é que vamos poder tirar benefício dela e permitir que seja útil para a educação em Angola?”, questiona.
Além disso, Sanda Mainsel entende ser necessário, à partida, determinar as balizas deste segmento, de modos que seja realmente útil e não se desvie do seu real objectivo.
“Como sabe, a inteligência artificial poderá também ser um potencial para desestabilização ao nível da democracia, de problemas financeiros, educacionais, enfim. Temos de encontrar mecanismos e leis de governança da inteligência artificial que nos possam ajudar a regular”, acrescenta.

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