O reforço da cibersegurança nos sistemas financeiros domina a IXª edição do Encontro de Supervisão Bancária dos Bancos Centrais de Países de Língua Portuguesa (BCPLP), que teve início hoje, 30 de Setembro em Luanda e se prolonga até amanhã.
O evento, que reúne anualmente reguladores de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, serve como plataforma para partilhar experiências e boas práticas, com o ciber-risco a emergir como a principal preocupação comum.
O vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Domingos Pedro, sublinhou que o fenómeno "tem ganho dimensão a nível internacional", referindo-se a vários ataques de 'hackers' a instituições financeiras.
"O que está em causa são a credibilidade e a confiança no sistema financeiro", afirmou, alertando que uma falha de segurança pode afectar a intermediação financeira e a economia.
Reconhecendo que os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) estão em diferentes estágios de maturidade em cibersegurança, o responsável enfatizou a necessidade de uma "atenção contínua e focada" por parte dos supervisores.
Medidas concretas em Angola
No caso de Angola, Domingos Pedro anunciou que o BNA está a finalizar um "quadro abrangente sobre cibersegurança", que será partilhado publicamente "muito em breve". Paralelamente, o banco central já está a trabalhar directamente com os bancos comerciais para reforçar os seus mecanismos internos de segurança e promover a partilha de informação entre instituições, de forma a mitigar ameaças.
Para além do risco cibernético, a reunião de supervisores abordará outros temas, como a utilização da inteligência artificial na regulação, a supervisão de conduta e a prevenção ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.

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