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Rússia apoia-se em criptomoedas para ‘fintar’ sanções internacionais

Victória Maviluka
28/8/2024
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Foto:
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Nessas bolsas, apenas serão negociadas criptomoedas indexadas ao yuan chinês e às moedas de outros países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

O Governo da Rússia prevê accionar, a partir de Setembro próximo, a entrada em cena de bolsas de criptomoedas no país, ao abrigo de um novo regime limitado e experimental (supervisionado pelo banco central) que tem como objectivo ajudar as empresas russas a contornar as sanções internacionais.

Nessas bolsas, escreve o Observador, apenas serão negociadas criptomoedas indexadas ao yuan chinês e às moedas de outros países dos BRICS, já que é no comércio com esses países que as empresas russas estão a ter maiores dificuldades em receber e enviar dinheiro.

A decisão surge poucas semanas depois de o Parlamento russo ter aprovado uma legislação que tornou legal o uso de criptomoedas para pagamentos (empresariais) transfronteiriços.

O país deu, igualmente, novos passos na legalização das actividades de “mineração” – isto é, a utilização de centros informáticos gigantescos que se dedicam, 24 horas por dia, à obtenção de novas moedas (ajudando, ao mesmo tempo, no registo de todas as transacções com criptomoedas feitas em todo o mundo).

Essa foi uma primeira inversão na política do Kremlin relativamente às criptomoedas, já que o próprio Presidente Vladimir Putin sempre manifestou um profundo cepticismo em relação a esses activos digitais. Putin, que a 8 de Agosto promulgou a nova legislação, alertou várias vezes para os “riscos” associados à “mineração” de criptomoedas, pelo dispêndio de energia que isso envolve, refere o Observador.