O exército russo atacou o aeródromo de Martinivka, que tinha sido preparado para receber os caças F-16 de fabrico norte-americano e todo o arsenal complementar das referidas aeronaves, noticiou hoje, 06, a Lusa.
A resposta do exército russo incidiu contra o aeródromo de Martinivka, situado a Sul da Ucrânia, na tentativa de inverter a estratégia de utilização dos primeiros dez caças F-16, que fazem parte de um pacote de 69 aviões de combate prometidos pelo Ocidente e aliados desde o início da guerra em 2022.
No domingo, 04, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha anunciado a chegada dos primeiros dez aviões de combate F-16 fornecidos por países ocidentais.
“F-16 na Ucrânia. Estou orgulhoso dos nossos rapazes que aprenderam a pilotar estes aviões e já começaram a utilizá-los para o nosso Estado”, afirmou na rede social Telegram.
De acordo com a CNN Portugal, os próximos dez caças F-16 prometidos a Zelensky chegam apenas no final deste ano, sendo que os restantes 59 só em 2025.
No entanto, apesar das dúvidas sobre o impacto do número de caças disponibilizados para contrapor o avanço russo no terreno, em que seriam necessários pelo menos 12 esquadrões compostos por 18 aeronaves, ou seja, mais 149 aviões do que os prometidos, os especialistas destacam a importância e o impacto dos F-16.
Citado pela CNN Portugal, o especialista em assuntos militares Agostinho Costa disse que estes aviões vão ser utilizados como parte do sistema de defesa aérea ucraniano para destruir mísseis russos disparados pela aviação estratégica russa.
“Podem vir a ter a missão de caçar os aviões russos que lançam as bombas planadoras. Vai ser uma batalha de gato e rato”, afirma o também major-general português.
Em termos militares, referiu, a Ucrânia esgotou a possibilidade de receber armas decisivas: “É a última arma sobre a qual a Ucrânia depositou esperanças para mudar a guerra. A partir daqui, só armas nucleares estão fora de questão”.
Iniciada a 24 de Fevereiro de 2022, a guerra na Ucrânia colocou o continente europeu numa crise de segurança considerada das mais graves desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Na expectativa de inverter a situação, os países do Ocidente e aliados têm mobilizado ajuda financeira e em armamento para Ucrânia, bem como decretado sanções contra sectores-chave da economia russa visando fragilizar a capacidade de Moscovo na guerra, o que em quase nada tem valido a pena.

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