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Saída da OPEP visou salvaguardar interesse nacional, afirma Ministro dos Petróleos

Cláudio Gomes
22/5/2024
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Foto:
Carlos Aguiar

Retirada da OPEP deu-se em 2023 por desacordo em relação à produção de 1,110 milhões de barris/dia. Na altura, o País pediu 1,180 milhões de barris.

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, reiterou, esta semana, em Luanda, que a saída de Angola da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) visou salvaguardar o interesse nacional, uma vez que o País corria o risco de ver reduzida a quota de produção estipulada pelo Executivo.

“Não olhem para o facto de se dizer que Angola não produzia de acordo com a quota da OPEP. O problema não era Angola ir ao encontro da quota [da OPEP]. O problema era a quota [da OPEP] ir ao encontro da nossa produção. Interpretem, também, para este factor (...), [porque] esta quota estava a baixar e a aproximar-se da nossa produção, e se isso acontecesse, o próximo passo seria Angola ser obrigada a cortar a produção”, explicou.           

Falando à margem da cerimónia de lançamento do Projecto Kaminho do Bloco 20 e da Assinatura da Decisão Final de Investimento (FID),  Diamantino Azevedo reiterou que o País se retirou da organização porque os interesses do Estado não estavam a ser observados. 

“A nossa saída da OPEP foi olhar sempre para os interesses do nosso País, e quando estamos numa organização e achamos que os nossos interesses não estão a ser observados, não interessava continuar, por respeito também à própria organização”, frisou.

Angola integrou a Organização dos Países Exportadores de Petróleo em 2006, tendo anunciado a saída do organismo em Dezembro de 2023, à margem da 10.ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros.

A OPEP procura garantir um fornecimento eficiente, económico e regular de petróleo aos consumidores, um rendimento estável para os produtores e um retorno justo do capital para aqueles que investem na indústria petrolífera.