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Seguros: literacia financeira e micro-seguros ‘antídotos’ para aumentar índice de penetração

Victória Maviluka
26/8/2025
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Foto:
DR

Cidadãos, as famílias, as empresas e instituições não devem ter dúvidas sobre os benefícios e as vantagens de possuírem seguros.

O aumento da literacia financeira e a promoção dos micro-seguros são apontados como algumas das ‘saídas’ para o ainda baixo índice de penetração de seguros em Angola, consideram, à revista Economia & Mercado, gestores de seguradoras que operam no mercado nacional.

Alexandre Carreira, PCE da Nossa Seguros, refere que o nível de penetração dos seguros em Angola irá aumentar com a crescente cultura de seguros da população e com a contínua adaptação da disponibilização e da característica dos produtos às necessidades dos clientes.

“Para melhorarmos a cultura de seguros, devemos investir na literacia financeira e dos seguros, produzindo e disponibilizando manuais escolares que incluam as matérias sobre seguros, realizando palestras, bem como aumentar o investimento em publicidade das soluções das seguradoras”, diz Alexandre Carreira.

O Presidente da Comissão Executiva da ‘Nossa’ sublinha, em declarações exclusivas à E&M, que os cidadãos, as famílias, as empresas e instituições não devem ter dúvidas sobre os benefícios e as vantagens de possuírem seguros.

Alinhando pelo mesmo diapasão, o Director Executivo da SanlamAllianz, Pedro Peres, observa que a fraca taxa de penetração de seguros no País se deve a uma combinação de factores económicos, sociais, culturais e estruturais, como a promoção da literacia financeira, que passa por levar conhecimento a toda a população sobre a importância e o benefício dos seguros, bem como a confiabilidade nas seguradoras.

A demora ou recusa no pagamento de sinistros, observa Pedro Peres, geram desconfiança nas seguradoras, bem como a percepção de que os contratos são complexos e desfavoráveis ao consumidor, pelo que sugere que todos os players do mercado contribuam positivamente para a transparência e rapidez de todo o processo.

Alexandre Carreira é de opinião que as empresas e instituições de referência em Angola passem a exigir aos parceiros que façam seguros, considerando-os um dos instrumentos “mais eficazes” de gestão de riscos, que mitigam os efeitos financeiros adversos resultantes de eventos incertos e potencialmente causadores de danos, tais como acidentes, desastres naturais, doenças, perdas patrimoniais ou responsabilidade civil.

Para o PCE da Nossa Seguros, os canais de distribuição utilizados pelas seguradoras deverão evoluir no sentido de estarem mais próximos dos potenciais clientes, comunicando através de uma linguagem acessível: “O desenvolvimento do canal banca seguros, dos canais remotos e das vendas porta a porta são fundamentais nesse processo”.