Uma delegação composta por altos líderes do sector industrial do Senegal visitou, recentemente, Marrocos para colher experiências do país monárquico africano na exploração de fosfato para produção de fertilizantes.
Liderada pelo ministro da Indústria e Comércio do Senegal, Serigne Gueye Diop, a delegação constatou as várias instalações do grupo OCP, um ‘gigante’ mundial na produção de fertilizantes, com o qual as autoridades senegalesas contam para o pretendido salto na produção de fertilizantes.
Atenta ao ecossistema criado pelo grupo OCP na produção de fertilizantes, a comitiva senegalesa visitou a mina Khouribga, a Universidade Politécnica Mohammed VI (UM6P) e também a plataforma industrial Jorf Lasfar.
“O Senegal quer inspirar-se no modelo marroquino, através do grupo OCP, privilegiando o processamento local deste recurso e a exploração de produtos derivados como o urânio”, disse Diop.
Em declarações à televisão senegalesa RTS1, esclareceu que a sua delegação inteirou-se das estratégias implementadas por Rabat para atrair investidores estrangeiros para o seu ecossistema de exploração de fosfatos e produção de fertilizantes.
“Vamos estabelecer um programa de colaboração com o grupo OCP para estudar o potencial de fosfato em Matam [região localizada no Nordeste do Senegal), a fim de criar ali uma zona industrial e fábricas de produção de fertilizantes”, observou o ministro da Indústria e Comércio do Senegal.
Acrescentou que o Governo do seu país, liderado por Bassirou Diomaye Faye, avaliará, igualmente, o potencial deste recurso noutras regiões do Senegal e construirá aí centros de produção para satisfazer as necessidades nacionais e deixar de importar fertilizantes nos próximos dois anos.
Foco na transformação
Mohamed Anouar Jamali, presidente da OCP África, saudou o encontro com a delegação senegalesa, que “marca uma nova etapa nas relações de excelência entre Marrocos e Senegal”.
“Estamos orgulhosos dos projectos que o grupo OCP, através da OCP África, está a realizar para apoiar a transformação agrícola e a capacitação dos agricultores senegaleses”, disse.
“A Matam deve tornar-se um pulmão económico graças a uma melhor exploração e à transformação local do fosfato em fertilizantes, a fim de melhorar os rendimentos agrícolas e lutar contra o êxodo rural”, declarou.
Mohamed Anouar Jamali reportou que o Governo senegalês pretende criar uma verdadeira cadeia de valor em torno do fosfato envolvendo as populações locais.

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