A Tanzânia impôs oficialmente uma proibição recíproca de produtos agrícolas provenientes do Malawi e da África do Sul, aumentando um impasse que começou com restrições impostas às exportações tanzanianas pelos dois países da região austral de África.
A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (23), pelo ministro tanzaniano da Agricultura, Hussein Bashe, que alegou a falta de reciprocidade como razões por trás da mudança. “Não podemos continuar a tolerar este tratamento injusto. Enquanto as negociações decorram, temos de agir em defesa dos nossos interesses económicos”, declarou Hussein Bashe numa declaração transmitida pela televisão local.
Com esta medida, Hussein Bashe, assegurou que a Tanzânia deve deixar de autorizar a importação de maçãs frescas provenientes da África do Sul, juntamente com uma proibição geral de todos os produtos agrícolas provenientes da África do Sul e do Malawi.
Recorde-se que na semana passada, o Malawi e a África do Sul impuseram restrições a vários produtos agrícolas tanzanianos, incluindo arroz, farinha, gengibre, bananas e milho - uma medida que perturbou significativamente o fluxo de mercadorias e afectou os comerciantes locais que exportam para a região da África Austral.
“No que diz respeito ao Malawi, uma vez que não retiraram o aviso que restringe as importações tanzanianas, estamos a proibir oficialmente a entrada no nosso país de todos os produtos agrícolas que provêm do Malawi”, afirmou o governante tanzaniano, sublinhando que “a proibição também se estende à carga agrícola do Malawi e da África do Sul em trânsito pelo território da Tanzânia, particularmente do Malawi”.
A fonte afirmou ainda que o milho comprado na Tanzânia para fins humanitários no Malawi não será autorizado a sair do país. “Estava previsto que o Malavi começasse a recolher fertilizantes da Tanzânia para a sua época de plantação a partir de 1 de Maio de 2025. Porém, nenhum fertilizante será autorizado”, sublinhou.
Não obstante, o ministro garantiu aos tanzanianos que a decisão não representa qualquer ameaça para a segurança alimentar nacional. “Nenhum tanzaniano morrerá por falta de uvas ou maçãs sul-africanas. Trata-se de uma questão de protecção da nossa actividade. Trata-se de comércio, e o respeito mútuo não é negociável”, salientou.

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