A agência de rating Moody’s alertou que as tarifas comerciais impostas pelos EUA podem afectar indirectamente os bancos da África subsaariana, devido ao impacto potencial na economia chinesa.
A China, principal parceira comercial de muitos países africanos, poderá ver a sua procura por matérias-primas africanas diminuir, reduzindo receitas de exportação e pressionando o sector financeiro local.
Embora as tarifas norte-americanas não atinjam directamente os bancos africanos, uma desaceleração económica na China, maior compradora de commodities como petróleo, cobre e minérios pode levar a queda nos volumes e preços das exportações africanas.
Adicionalmente a redução das receitas com financiamento ao comércio para os bancos, o aumento do risco para investidores, elevando os custos de refinanciamento de dívida em dólar e a pressão sobre financiamento em moeda forte.
A Moody’s destaca que muitos bancos africanos dependem de empréstimos em dólares para operações internacionais. Se a aversão ao risco aumentar, os spreads (taxas de juro) podem subir, encarecendo a renovação de dívidas.
"São efeitos de segunda ordem, mas significativos", afirma a agência, referindo-se ao impacto indirecto das tensões comerciais globais.
O alerta da Moody’s sublinha a vulnerabilidade dos bancos africanos a choques externos, especialmente num contexto de dependência das exportações para a China. Se a guerra comercial EUA-China se intensificar, o efeito pode propagar-se ao sistema financeiro africano, dificultando o acesso acrédito e aumentando custos para empresas e governos.

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