O governo israelita considerou o Presidente brasileiro 'persona non grata' depois de Lula da Silva ter comparado as acções israelitas em Gaza ao Holocausto cometido pelos nazis contra os judeus, noticiou hoje, terça-feira, 20, a SIC Notícias, que cita a Lusa.
Em resposta, o governo brasileiro convocou, ontem, segunda-feira, 20, o embaixador de Israel em Brasília e chamou o embaixador brasileiro em Telavive (Israel) para consultas, logo depois das autoridades israelitas terem considerado o Presidente do Brasil uma 'persona non grata'.
"Diante da gravidade das declarações desta manhã do Governo de Israel, o Ministro Mauro Vieira, que está no Rio de Janeiro para a reunião do G20, convocou o embaixador israelita Daniel Zonshine para que compareça hoje ao Palácio Itamaraty" no Rio de Janeiro, indicou a diplomacia brasileira.

Na sequência, lê-se, Mauro Vieira "chamou para consultas o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, que embarca para o Brasil amanhã".
"A comparação do Presidente do Brasil, Lula da Silva, entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as acções de Hitler e dos nazis, que exterminaram seis milhões de judeus, é um grave ataque antissemita que profana a memória dos que foram mortos no Holocausto", escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, na rede social X.
"Não perdoaremos, nem esqueceremos - em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, declarei o Presidente Lula 'persona non grata' em Israel até que ele se desculpe e reconsidere as suas palavras", acrescentou.
O termo 'persona non grata' é um instrumento jurídico utilizado nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo.

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