Total Energies, Equinor e a ENI apresentaram propostas para investir 58,61 milhões USD para produzir as reservas de petróleo nos blocos 31-21 e 16-21, no quadro das licitações das concessões petrolíferas das Bacias Marítimas do Baixo Congo e do Kwanza.
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível(ANPG) está engajado e a incentivar a produção de novos poços para contrariar o declínio que se regista desde 2015. Nesta terceira ronda, colocou na licitação oito blocos, mas só três receberam propostas.
Ainda assim, o director do Gabinete de Negociações da ANPG, Hermenegildo Buila, na qualidade de presidente do júri, considera que o concurso foi um sucesso, atendendo o facto de que as propostas vieram das maiores empresas do sector, o que representa uma prova clara de que estas vão continuar a investir no país nos próximos 40 anos.
Durante a cerimónia restrita para a abertura das propostas, Hermenegildo Buila explicou que os blocos que não receberam propostas passam para as ofertas permanentes, o que significa que as empresas que não apresentaram propostas até ao encerramento do prazo estabelecido, poderão apresentá-las na fase das ofertas permanentes.

Resultados serão anunciados em 15 dias
Daqui a 15 dias, a ANPG irá informar se a Total Energies, Equinor e a ENI ficarão, de facto, com as concessões em que apresentaram as propostas de investimento. Caso sejam aprovadas, entram na fase de investimentos para extrair o primeiro barril de petróleo, ou “first-oil”, como é mais conhecido, daqui a 10 anos.
Os 8 blocos em licitação fazem parte de campos já descobertos. O director do Gabinete de Negociações da ANPG, Hermenegildo Buila, esclarece que os Blocos 7, 8 e 9 da Bacia do Kwanzas foram abandonados em 2011 e os blocos 31 e 32 são as áreas remanescentes. No Bloco 31, as áreas estavam disponíveis desde que a BP não manifestou interesse no remanescente do bloco e desde 2004 que o potencial não é produzido. Já o Bloco 16 foi recentemente abandonado pela Odebrecht. Parte deste bloco foi atribuída à Total numa aquisição directa da Maersk e depois a Total identificou potencial na parte que não estava adjudicada, sendo que é nesta parte que a Total apresentou a sua proposta e está interessada em produzir.
“No Bloco 31, estima-se reservas de petróleo superiores a 1 bilião de barris, sendo que o Bloco 31original está a ser explorado pela BP, com um potencial idêntico, na ordem de 1bilião de barris, devido em duas: o PSVM e o Paz, e o remanescente é superior a1 bilião de barris. É neste potencial que a ENI vê o seu interesse”, Hermenegildo Buila.
O director do Gabinete de Negociações da ANPG avança também que no Bloco 32 há o registo de um potencial muito grande, mas apresenta maior complexidade pela sua localização nas águas ultra-profundas. O potencial de 800 milhões, quase 1 milhão de barris. No Bloco16, em que a Total apresentou proposta, tirando as reservas já declaradas na parte que já foi adjudicada, que é de perto de 300 milhões de barris de reserva, ainda estima-se um remanescente na ordem de 700 milhões de barris e neste potencial que a Total apresentou proposta. “Portanto, temos muitos recursos que deverão ser maturados e convertidos em reservas para que possam contribuir para o incremento da nossa produção”, concluiu Hermenegildo Buila.
Para esta terceira licitação das concessões petrolíferas foram enviadas cartas convites a mais de60 empresas, que depois foram pré-seleccionadas e só 11 reuniram os requisitos e receberam os convites finais para apresentarem propostas. Destas, só três apresentaram propostas, nomeadamente a ENI, Total e a Equinor.

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