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Vacina contra malária a partir de 2024 em Angola

Agostinho Rodrigues
5/12/2023
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Foto:
DR

Angola passará a administrar a vacina contra a malária às crianças dos 0 aos 5 anos, a partir de 2024. A malária é uma das principais causas de morte no país, a par da sinistralidade rodoviária.

A informação foi a avançada, nesta semana, no Dubai, Emirados Árabes Unidos, pela ministra da Saúde, Silvia Lutukuta, que chefia uma equipa que está a abordar sobre as determinantes de saúde no ambiente e em como o sector se posiciona diante das alterações climáticas.

De acordo com a ministra, embora ainda não se tenha nada de concreto, o Ministério da Saúde está a trabalhar para que o calendário de vacinação nacional contemple já a administração da vacina contra a malária à infância.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 28 países africanos manifestaram o interesse em introduzir a vacina, devendo alguns outros países iniciá-lo em 2024.

O Gana, o Quénia e o Maláui, onde quase 1,5 milhões de crianças receberam a vacina através de um programa-piloto coordenado pela OMS, registam uma diminuição substancial das hospitalizações por paludismo grave e de mortalidade infantil.

Por ocasião do Dia Mundial de Luta contra o Paludismo 2023, na sua Mensagem sobre a data, a Directora Regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, declarou que o paludismo tem sido um inimigo obstinado da saúde pública.

Em 2021, causou a morte de 619 mil pessoas, das quais aproximadamente 96% viviam em África.

Na região da SADC, cerca de 83% da população vive em zonas de risco de paludismo. A transmissão do paludismo nesta sub-região é heterogénea, variando entre transmissão baixa, moderada e elevada. A transmissão elevada do paludismo afecta 7 Estados-Membros, nomedamente Angola, República Democrática do Congo, Madagáscar, República Unida da Tanzânia, Malawi, Moçambique e Zâmbia.

No caso de Angola, toda a população do país corre o risco de contrair paludismo, que se estima ser responsável por 40% das doenças e 42% das mortes. No entanto, embora as tendências nos casos de malária mostrem um aumento entre 2016 e 2019, houve uma redução de 50% nas mortes por malária no mesmo período, de acordo com indicadores da OMS, destacados no Dia de Celebração do Paludismo na Região da SADC.