Como é que a TIS TECH contribui para o desenvolvimento tecnológico em Angola e qual é o impacto dessa contribuição no cenário internacional?
Na TIS temos sido um pilar no desenvolvimento tecnológico em várias áreas, desde o desenvolvimento de software, capacitação e desenvolvimento de capital humano ou desenvolvimento de soluções tecnológicas à medida de cada empresa. Estamos também a trabalhar com parceiros e líderes mundiais na área de gestão de risco, o que inclui elementos tão críticos como compliance, anti-branqueamento de capitais e prevenção de fraude, que contribuem significativamente para modernizar as empresas, instituições, processos e procedimentos em vários sectores. Internacionalmente reforçamos a imagem de Angola como um hub tecnológico emergente, exportando serviços e competências para outros mercados como o Brasil e Argentina.
Reflectindo sobre os 10 anos da TIS em Angola, como vê a evolução da empresa?
Nesta última década evoluímos de uma promissora start-up para uma líder em tecnologia em Angola, expandimos os nossos produtos e serviços para mercados internacionais e estabelecemos parcerias estratégicas em diversos países. Estamos muito orgulhosos do nosso percurso e do trabalho que temos desenvolvido até aqui, quer pela capacidade de inovar, quer de contribuir para que o país seja um hub tecnológico no continente.
Considerando os avanços tecnológicos dos últimos 10 anos, qual é a visão da TIS para o futuro da tecnologia em Angola?
Vemos um futuro onde a tecnologia é o motor chave para o desenvolvimento económico. Com a digitalização e a inovação tecnológica no centro das estratégias de crescimento, temos de apanhar e conduzir este comboio, e esta oportunidade, de nos modernizarmos e de solidificarmos o nosso conhecimento na área. Angola pode ser, sem dúvida, um exemplo e um centro tecnológico, liderando a inovação e o desenvolvimento de soluções tecnológicas de ponta.
Como a TIS planeia celebrar o seu legado de 10 anos e qual é a mensagem que deseja transmitir para o futuro?
Devemos muito ao nosso público interno, por isso as comemorações aconteceram essencialmente internamente ao longo de 2023. Quisemos celebrar os nossos colaboradores e parceiros, tanto pela sua capacidade técnica, como pelo empenho e dedicação, que nos permitiu chegar até aqui. Para o futuro queremos transmitir que tudo é possível e que, tecnologicamente, Angola tem um potencial incrível para se tornar uma player importante no cenário global.
Ao celebrar 10 anos de existência, como a TIS vê a evolução do sector tecnológico e qual foi o papel da empresa neste processo?
Somos um agente activo de mudança e transformação tecnológica e contribuímos significativamente para a evolução deste sector, seja no desenvolvimento de soluções, seja no desenvolvimento e capacitação de capital humano. A tecnologia está presente em toda a indústria e em todos os aspectos da nossa vida, e, por isso, é importante olharmos para esta realidade e contribuirmos para o desenvolvimento das empresas, dos mercados e da evolução tecnológica do continente.
Como a TIS integrou a cultura e as necessidades específicas do país nas suas operações e estratégias ao longo dos anos?
Integramos com sucesso a cultura e as necessidades específicas de Angola nas suas operações, desenvolvendo soluções adaptadas ao mercado local e investindo na formação de talentos angolanos. Só percebendo as necessidades especificas de cada mercado podemos desenvolver soluções à medida, e formar pessoas para o futuro. Por outro lado, tivemos também a preocupação de olhar para as necessidades tecnológicas e desenvolvemos soluções à medida do nosso mercado tudo para criarmos soluções com valor e com capacidade de resolver problemas.
Quais foram as estratégias da TIS para superar as barreiras económicas e sociais em Angola durante esta década?
Estamos focados em criar estratégias focadas na sustentabilidade, na capacitação de capital humano e no desenvolvimento de soluções acessíveis e relevantes para este mercado. Investimos muito tempo em pesquisa e desenvolvimento para que toda a operação seja sustentável e eficiente, económica e socialmente. O nosso objectivo é criar soluções adaptadas às necessidades do mercado considerando as diferentes variáveis de cada indústria, de cada localidade e de cada empresa.
Em termos de crescimento financeiro pode fazer um balanço desta década?
Em média tivemos um crescimento estável e progressivo na última década. No último ano crescemos acima dos 20% e temos, actualmente, 242 trabalhadores. Está nos nosso objectivos expandir as nossas operações a nível nacional e internacional, com parcerias nas províncias e a exportação para outros mercados. Além disso, queremos contribuir para o crescimento e desenvolvimento do capital humano e, por tal, a nossa academia de formação forma mais de 100 técnicos por curso que o mercado absorve, para além de nós.
Quais foram os principais desafios e conquistas da TIS nesta década?
Qualquer empresa tecnológica enfrenta um desafio constante que é também uma oportunidade: a evolução constante da tecnologia e a respectiva adaptação às necessidades do mercado e nós não somos diferentes. Outro desafio muito interessante foi a necessidade de desenvolver talentos locais com formação muito especifica em determinadas tecnologias, o que teve um sucesso enorme. Outras conquistas passam pela nossa expansão internacional e o desenvolvimento de soluções inovadoras para o mercado. Na verdade, como integradores tecnológicos conseguimos olhar para o mercado e para as necessidades das empresas e desenvolver soluções especificas, nem sempre fáceis, para garantir o sucesso das operações.
Como é que a TIS incorpora inovações como a inteligência artificial e o machine learning nos seus serviços e produtos?
Incorporar inteligência artificial e machine learning é estratégico para nós e ajuda-nos a desenvolver soluções que aumentam a eficiência e a capacidade analítica dos nossos clientes. Ouvimos agora falar mais neste tema, mas a verdade é que já há muito tempo que usamos estas ferramentas para desenvolver tecnologia de ponta. Desenvolvemos soluções que vão desde realidade virtual, ciber segurança, ou soluções tecnológicas como sistema integrado de gestão fiscal (ITMS), sistema de avaliação de desempenho (SADE), sistema de gestão de pessoas (SGP) e soluções de gestão de processos de negócios (BPM), segurança da informação, entre outras.
De que forma a exportação de tecnologia para outros países tem impactado o posicionamento da TIS no mercado global?
A exportação de tecnologia elevou o nosso posicionamento, estabelecendo-nos como uma referência em inovação e qualidade para soluções tecnológicas. Temos, também, investimentos em start-ups locais e internacionais para trazer as soluções IA mais avançadas e promitentes para Angola. É importante percebermos que para desenvolvermos tecnologia de ponta e estarmos na vanguarda da investigação e desenvolvimento é importante olharmos para o que se desenvolve globalmente e integrarmos localmente com as devidas adaptações. Este é o segredo e o caminho para que possamos ser relevantes em qualquer mercado.
Qual é o papel que a academia de formação da TIS tem? Como contribui para o desenvolvimento de talentos no sector tecnológico angolano?
A academia chama-se “Método TIS” e é fundamental para o desenvolvimento de talentos no sector tecnológico e para a capacitação do capital humano, pois desenvolve formação especializada, e actualizada, numa área sempre em mudança. Formamos técnicos, absorvidos por nós e pelo mercado, que contribuem significativamente para o desenvolvimento tecnológico das organizações. Não é só uma academia, é também uma entidade de desenvolvimento de capital humano, que integram a academia e plataformas digitais de aprendizagem profissional.
Como é que a fábrica de software da empresa desenvolve soluções personalizadas que respondem às necessidades específicas dos clientes em diferentes mercados?
Primeiro investimos muito em pesquisa e desenvolvimento, para podermos ter um profundo entendimento dos desafios de cada mercado, depois analisamos as necessidades dos clientes e desenvolvemos software específicos para estas necessidades. Mais uma vez integramos e adaptamos a tecnologia de ponta global às necessidades locais de cada organização.
Em termos de inovação e crescimento, quais são as metas e expectativas da TIS para os próximos anos?
Queremos consolidar a nossa liderança em Angola através de parcerias locais e desenvolvimento de parceiros; expandir a nossa presença internacional; focarmo-nos cada vez mais em inovação, pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias.
Como é que a TIS percebe o seu papel no desenvolvimento económico e tecnológico?
O desenvolvimento tecnológico é a força motriz do desenvolvimento económico e as tecnologias estão no centro desta questão, com uma grande capacidade para ajudar os mercados na transformação digital e na capacitação de profissionais qualificados. Nós não somos diferentes, sentimos esta responsabilidade e este orgulho em podermos contribuir para o futuro.
Poderia partilhar algum caso de sucesso significativo ou projecto inovador desenvolvido pela TIS nos últimos anos?
Alguns exemplos de sucesso são: a modernização do sistema da AGT, com os serviços de implementação do Programa de Transformação Digital SIGT/SIIAT; a modernização e integração do Sistema de Gestão Tributária do Governo do Estado do Paraná / Secretaria de Estado da Fazenda de Curitiba no Brasil; o projecto financiado pelo Banco Mundial, para a construção e implementação de um mecanismo de análise de dados para o Ministério da Agricultura e Pesca, ao abrigo do Sistema Nacional Integrado de Estatística Agrárias e Pescas, entre muitos outros. São exemplos de sucesso de que nos orgulhamos de inovação tecnológica.

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