A Organização Mundial do Turismo não tem dúvidas de que o ano de 2024 marca, definitivamente, a recuperação do turismo internacional. No ano passado, África recebeu 7% mais turistas do que antes da pandemia da Covid-19, revela o ‘Barómetro do Turismo Mundial 2024’.
O relatório, acabado de ser publicado pela agência das Nações Unidas para o Turismo, coloca Marrocos como líder do turismo em África, com um crescimento de 35% acima dos números pré-pandemia.
Atrás do país monárquico africano, segundo o estudo consultado pela revista Economia & Mercado, aparece o Egipto, com mais 23% dos níveis antes da Covid-19; o Quénia e a Tunísia com +9% cada um.
Em sentido contrário, as Ilhas Seychelles e a África do Sul registaram, respectivamente, quedas de -8% e -13% em 2024 relativamente às estatísticas pré-pandemia.
O ‘Barómetro do Turismo Mundial 2024’ coloca África no mesmo gráfico do Médio Oriente, com o Qatar a revelar números significativos de crescimento de visitas turísticas: 137% mais turistas do que antes da pandemia.
O Médio Oriente continuou, assim, a ser a região com melhor desempenho em 2024, com chegadas 32% acima dos níveis de 2019 e 1% acima de 2023, sublinha o relatório elaborado pela Organização Mundial do Turismo.
A Europa, a maior região de destino do mundo, registou 1% de mais chegadas internacionais do que em 2019. Com +80% de turistas no ano passado, a Albânia liderou as estatísticas. Portugal registou um aumento de 18%, no 8.º lugar continental.
A pesquisa refere que as Américas recuperaram 97% das suas chegadas pré-pandemia (-3% em relação a 2019) e a Ásia e o Pacífico 87% (-13% face a 2019).
Em termos globais, as chegadas de turistas internacionais atingiram 99% dos níveis de 2019 em 2024, quatro anos após o início da pandemia da Covid-19, marcando a recuperação da pior crise da história do sector.
“Os resultados foram impulsionados pela forte procura pós-pandemia em todas as regiões, pelas fortes viagens ao exterior de muitos grandes mercados emissores e pela recuperação contínua da Ásia e do Pacífico”, lê-se no ‘Barómetro do Turismo Mundial 2024’.