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BIC lidera rácio de transformação da banca em 2024

Adnardo Barros
13/6/2025
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Foto:
DR

O rácio de transformação mede a eficiência com que os bancos convertem depósitos em crédito à economia.

O rácio de transformação da banca cresceu 3,7 pontos percentuais, saindo de 28,2% em 2023 para 31,8% em 2024, segundo análise das demonstrações financeiras dos bancos, compilados pela consultora Deloitte no seu relatório Banca em Análise.

Este crescimento é justificado pelo avanço de 15% na carteira de crédito a clientes, enquanto os depósitos captados pelo sistema financeiro cresceram apenas 2%.

O banco BIC lidera o ranking com um rácio de transformação de 54,2%, ultrapassando o anterior líder, o Banco da China, que caiu para a 7ª posição, registando um rácio de 42,1% face aos 165% alcançados em 2023. O BIC captou 1,4 biliões de kwanzas em depósitos e a carteira de crédito fixou-se em 771 mil milhões de kwanzas.

Na segunda posição destacou-se o Banco Comércio e Indústria (BCI), que ascendeu 12 lugares, alcançando 46,5% de eficiência. A instituição administrou 550 mil milhões em depósitos e direccionou 255 mil milhões para operações creditícias.

Subindo para a terceira posição está o Banco Keve, com 45,7% de índice de conversão, após conceder 457,3 mil milhões de kwanzas em créditos e gerir mais de 1 bilião de kwanzas em depósitos.

O Standard Bank Angola (SBA) recuou um lugar no ranking. A organização administrou cerca de 1,2 biliões de Kwanzas em recursos de terceiros e concedeu 580 mil milhões de Kwanzas. O banco de origem sul africana teve um rácio de transformação de 44,8%.

A completar o "top five" da banca angolana está o Banco Caixa Geral Angola (BCGA) com um rácio de 43,7%, tendo aplicado 391 mil milhões de kwanzas em operações de crédito e captado 895 mil milhões de kwanzas em recursos depositários.

Comparação com os gigantes da África Subsariana

O sector bancário angolano apresenta um desempenhosignificativamente inferior em termos de eficiência na transformação de depósitos em crédito quando comparado com economias mais desenvolvidas, masmantém-se alinhado com os padrões regionais africanos.

Os dados revelam que o rácio de transformação angolano está cerca de 63 pontos percentuais inferior ao registado na África do Sul.

A Nigéria surge como referência mais próxima da realidade angolana, embora os dados mais recentes (2024) ainda não estejam disponíveis para uma comparação mais precisa. Vale destacar que o Banco Central da Nigéria implementou em Abril de 2024 uma importante revisão regulatória, reduzindo o requisito mínimo do rácio de transformação de 65% para 50%, ajuste que poderálevar a uma redução considerável neste indicador no país.