As vendas de diamantes brutos na Debswana Diamond Company Limited – empresa de mineração localizada no Botsuana e a maior produtora mundial de diamantes por valor – caíram 49,2% no primeiro semestre de 2024, de acordo com dados divulgados pelo banco central do país nesta quarta-feira, 31 de Julho, à medida que a desaceleração no mercado global de diamantes continuou.
A empresa, detida em partes iguais pelo governo de Botsuana e pela Anglo American – conglomerado britânico que actua no ramo da mineração, sendo um dos maiores do mundo nessa área –, vende 75% da sua produção à De Beers – principal empresa de diamantes do mundo -, sendo o restante adquirido pela empresa estatal Okavango Diamond, segundo notícia publicada pelo DE.
De acordo com os dados, o Botsuana e a De Beers acordaram, em Junho de 2023, um novo contrato de venda de diamantes por dez anos, que prevê que aumento da quota de produção do país para 30%, antes de aumentar progressivamente para 50% até ao final do novo contrato, à medida que procura obter mais receitas dos seus recursos.
Durante os primeiros seis meses do ano, o país vendeu diamantes no valor de 1,29 mil milhões de dólares, contra 2,54 mil milhões de dólares no mesmo período do ano passado, segundo dados do Banco do Botsuana.
Citada pelo DE, a instituição bancária diz que, em termos de moeda local, as vendas do Debswana caíram 47,3% para 17,5 mil milhões de pulas (mil milhões de dólares).
Além disso, explica que a Anglo, que planeia alienar a De Beers como parte de uma mudança organizacional, reduziu a produção de diamantes em 19% durante os primeiros seis meses do ano.
“Na semana passada, a empresa informou que a orientação da produção da De Beers tinha sido revista em baixa para 23-26 milhões de quilates, de 26-29 milhões, em resposta à actual queda no mercado de diamantes”, lê-se na notícia.
O Botsuana obtém 30-40% das suas receitas, 75% em divisas e um terço da produção nacional a partir dos diamantes.