O Estado brasileiro estuda a possibilidade de emitir títulos da dívida pública no mercado chinês em 2025, anunciou o secretário-adjunto do Ministério da Fazenda (Finanças em Angola), Dario Durigan, em declarações recentes ao Financial Times.
A intenção do Brasil em emitir títulos soberano na China continental, de acordo com a imprensa brasileira, acontece num momento em que o governo de Luís Inácio Lula da Silva procura atrair investimento do ‘gigante’ asiático, principal parceiro comercial daquele país sul-americano.
Os media da maior economia na América Latina consideram que a operação também porá a prova o apetite dos investidores internacionais pela dívida brasileira, num contexto de cepticismo pela estratégia económica de Lula da Silva, que aposta na intervenção do Estado na economia para impulsionar o crescimento e reduzir a desigualdade.
A estratégia de aumento da despesa, descreve a imprensa brasileira, tem gerado críticas entre empresários que acusam o governo de agravar a inflação, elevar as taxas de juros e colocar em risco a sustentabilidade da dívida pública.
O Brasil colocou recentemente 1,5 mil milhões USD em obrigações a cinco anos com uma taxa de juro de 5,68% e 1,25 mil milhões USD em dívida a dez anos a 6,73%, na segunda emissão de dívida 'offshore' em 2025.
Os custos de financiamento no Brasil aumentaram depois de o banco central ter elevado a taxa directora para 14,75%, numa tentativa de conter a inflação. Os críticos acusam o Executivo de Brasília de não agir com firmeza para resolver o défice orçamental e o crescimento da dívida.
A agência Moody 's elevou o 'rating' de longo prazo do Brasil em Outubro de 2024 para um nível abaixo do grau de investimento, o que permitiu acesso a capital barato. Em Maio, reviu em baixa a perspectiva positiva para estável, citando progressos mais lentos do que o esperado na política orçamental.