Na primeira reacção de um órgão central do aparelho governativo ao caos que se instalou em Luanda, após início da greve de três dias convocada pelos taxistas, o Conselho de Ministros considerou, nesta quarta-feira, 30, em Luanda, os actos protagonizados pelos manifestantes com potencial presença de “elementos infiltrados com intenções criminosas”.
Segundo o comunicado da reunião orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, o fenómeno ultrapassou o escopo de uma simples reivindicação e assumiu contornos de ameaça à segurança e à paz social, criando constrangimentos à mobilidade dos trabalhadores e impacto negativo na produtividade dos sectores sociais e económicos.
A nota, a que a revista Economia & Mercado teve acesso, informa que se destacam, entre os cenários críticos, a vandalização de 66 lojas, 25 viaturas, pilhagem de supermercados, armazéns de venda a grosso e a retalho, entre outros, nos municípios de Cacuaco, Viana, Belas, Cazenga, Maianga, Camama e Kilamba-Kiaxi, bem como o registo de vários desacatos às autoridades em zonas como Calemba II, Golf Il e Rocha Pinto, resultando em 22 mortes, 197 feridos e 1.214 detenções.
Os protestos replicaram-se noutras províncias, tais como Huambo, Huíla, Bengo, Icolo e Bengo e Benguela, embora com menor dimensão, realça o documento, sublinhando que as medidas adoptadas pelas Forças de Defesa e Segurança foram cruciais para a reposição da ordem e tranquilidade públicas e desencorajamento de novas acções, permitindo a circulação de veículos nas principais vias afectadas.

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