Já estão no País as primeiras cédulas do modelo passaporte electrónico que há muito as autoridades angolanas anunciaram como política para melhorar a oferta deste tipo de serviço. O ministro do Interior (MININT) observa, entretanto, que a implementação dos novos modelos de passaporte em Angola “exige algum cuidado”.

Ao falar nesta sexta-feira, 26, à Rádio Nacional de Angola (RNA), Manuel Homem informou que as amostras dos passaportes electrónicos chegaram num lote de 250 mil cédulas de tipos diferentes (incluindo os passaportes normais).

“Esta é uma operação que exige algum cuidado, porque estamos a mudar o paradigma de funcionamento de uma instituição que, durante muitos anos, e é do conhecimento público, foi desafiada e é desafiada com vários constrangimentos”, disse o titular do MININT.

Explicou que a mudança de paradigma não passa apenas por instalação de novos equipamentos, mas, também, pela formação e mudança de atitude dos efetivos do seu pelouro na forma de atendimento aos cidadãos, no tratamento dos processos, no sentido de garantir de um serviço “de maior qualidade, que responda às expectativas dos cidadãos”. 

Manuel Homem anunciou que, com a chegada do lote de 250 mil cédulas, o Serviço de Migração e Estrangeiro (SME) está, agora, em condições de, ainda este ano, “resolver, definitivamente”, os 121 mil processos de pedidos de emissão de passaportes normais submetidos pelos cidadãos.

Na entrevista que concedeu à estação radiofónica estatal, o ministro do Interior recordou que, ao nível dos guichés do SME, existem  mais de 11 mil passaportes por levantar, emitidos entre os anos de 2020 e 2024.