O volume de crédito concedido à economia moçambicana registou uma ligeira descida em Abril, fixando-se em cerca de 284,5 mil milhões de meticais (pelo menos 3,9 mil milhões de dólares), de acordo com o relatório estatístico do banco central daquele país lusófono.
Os dados do respectivo documento referem que se trata do segundo valor mensal mais baixo no último ano, apenas acima do registado em Fevereiro, quando o crédito totalizou 284 mil milhões de meticais (pelo menos 3,8 mil milhões de dólares).
Entretanto, o pico histórico foi atingido em Novembro de 2024, com cerca de 291 mil milhões de meticais (quase 4 mil milhões de dólares), como escreve esta terça-feira, 24 de Junho, o Diário Económico (DE).
Em termos de sectores, a notícia do DE explica que o crédito a particulares se manteve em alta, alcançando um novo recorde de 100,8 mil milhões de meticais (pelo menos 1,3 mil milhões de dólares).
Seguiu-se o sector dos transportes e comunicações, com um total de 25 mil milhões de meticais (pelo menos 340,2 milhões de dólares), da indústria transformadora com 22,1 mil milhões de meticais (pelo menos 300,3 milhões de dólares) e do comércio, com 21 mil milhões de meticais (pelo menos 285,6 milhões de dólares).
No âmbito da política monetária, o Comité de Política Monetária (CPMO) de Moçambique decidiu, a 30 de Maio último, reduzir novamente a taxa de juro de política monetária (MIMO) em 75 pontos base, para 11%, medida justificada pela consolidação das previsões de inflação num dígito, apesar de se manterem riscos internos significativos.
Citado pelo DE, o governador do BdM, Rogério Zandamela, explica que o CPMO continuará com o processo de normalização da taxa no médio prazo. "O ritmo e a magnitude dos cortes dependerá da evolução da inflação, bem como da análise dos riscos e incertezas que se mantêm”, acrescenta o alto responsável, além de sublinhar que a redução segue em linha com o trajecto definido pela instituição.