Na sua primeira reacção ao anúncio de demissão pela Federação Angolana de Futebol (FAF), o treinador Pedro Gonçalves considerou que a história da sua vida ficará “para sempre ligada a Angola” e considerou que “ficar na história dos Palancas Negras é algo que me enche de orgulho”.
Em mensagem partilhada na sua página oficial do Facebook, o ex-treinador da Selecção Nacional recordou que, no seu percurso à frente do combinado angolano, foram mais de uma centena de jogos a representar “um país ímpar, com um povo vibrante e generoso”.
“Levo para sempre comigo momentos inesquecíveis: o recorde de jogos e vitórias, a conquista das duas COSAFAS, a ascensão no ranking FIFA em 2024 como a selecção que mais venceu, a histórica CAN com a chegada aos quartos-de-final, a presença no Mundial Sub-17, entre tantos outros que eternizam esta jornada”, detalhou.
O treinador português lembrou que foram “muitos anos lado a lado com jogadores incríveis”, que deixaram “tudo em campo” e o ensinaram tanto. Afirmou que cada treino, cada jogo, cada vitória e até cada derrota foi “vivida com paixão, entrega e espírito de superação”.
“Foram eles, com o seu talento e dedicação, que transformaram sonhos em conquistas e que fizeram esta caminhada tão especial. Pela nossa performance, pela nossa evolução, pela capacidade de superação já pouco faltava para terminar a missão no ponto mais alto. Eternamente Palanca Negra”, concluiu.
O fim do contrato entre Pedro Gonçalves e a FAF era um desfecho previsível, depois de o treinador ter anunciado recentemente que iria abraçar outros desafios logo após o fim da campanha de apuramento para o Mundial 2026.
Entretanto, antes mesmo dos últimos dois jogos dos Palancas Negras da campanha, o elenco federativo anunciou a demissão do treinador, numa altura em que a Selecção Nacional viu comprometida as chances de se qualificar à prova mundial a decorrer nos Estados Unidos, Canadá e México.
“Uma etapa construída com trabalho árduo”, diz a FAF
No comunicado sobre a demissão de Pedro Gonçalves, a direcção da FAF afirma que foi sua a iniciativa de avançar com a medida que marca o encerramento de uma “etapa construída com trabalho árduo, entrega total e verdadeiro compromisso” com a bandeira nacional que ligou o treinador à selecção angolana.
A nota realça que Pedro Gonçalves “foi mais que um treinador, foi um parceiro, um líder que acreditou no potencial de Angola e deu rosto e dignidade a uma selecção que voltou a sonhar”.
Um treinador francês a caminho?
Patrice Beaumelle é o nome que tem sido associado pela imprensa nacional ao futuro dos Palancas Negras. O treinador francês, de 47 anos, acumula experiência no futebol africano.
Beaumelle já treinou a Costa do Marfim, o Mouloudia d'Alger e, recentemente, comandou o Umm Salal do Catar. Esteve na conquista do CAN como adjunto de Hervé Renard (ex-treinador dos Palancas Negras), com a Zâmbia e a Costa do Marfim.

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