A China agravou para 15% as tarifas sobre as importações de gás natural liquefeito (GNL) e carvão dos Estados Unidos da América (EUA), informou recentemente a Organização Mundial do Comércio (OMC).
O posicionamento do governo chinês é reactivo ao da administração Trump que elevou para 10% as tarifas sobre todas as importações chinesas. A decisão proteccionista de Donald Trump entrou em vigor na terça-feira (03).
Apesar de responder à medida do actual governo norte-americano, a China queixou-se do maior ‘rival’ comercial (EUA) à OMC, instituição internacional que tem por missão regulamentar o comércio entre os 164 países-membros, promovendo maior liberalização.
"A China solicitou consultas de disputa da OMC com os EUA em relação às novas medidas tarifárias aplicadas pelos EUA sobre produtos originários da China", informou aquela organização em comunicado.
As consultas, explicou a OMC no comunicado, dão às partes a oportunidade de discutir o assunto e encontrar uma solução satisfatória sem prosseguir com o litígio. Se não for resolvida após 60 dias, o reclamante pode solicitar a adjudicação por um painel.
Face à reclamação da China, especialistas avaliam se as tarifas impostas pelos EUA, por orientação do presidente Trump, estão em conformidade com as regras da OMC. O procedimento (em causa) pode levar meses.
Se os árbitros decidirem a favor da China, esclareceram especialistas, o governo de Xi Jinping, segundo as regras da OMC, pode impor tarifas à medida dos danos que venha a sofrer, face à posição dos EUA.
Assim, de acordo com analistas do comércio internacional, Donald Trump concretizou a promessa (após vencer as eleições presidenciais em Novembro de 2024) de agravar as tarifas sobre os produtos importados, principalmente da China.