O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, afirmou esta segunda-feira, 1 de Dezembro, que a capital do país recebeu cerca de 1023 autocarros entre 2019 e 2024. A declaração foi feita durante a intervenção na IV edição de "Conversas Economia 100 Makas”, dedicada à atualização sobre o estado do sector no país.
Ricardo D´Abreu reconheceu, contudo, que diversos desafios continuam a afectar a operação desta frota. Sublinhou que o tempo de vida útil dos autocarros em circulação é “muito curto, entre 3 a 5 anos”, um período considerado inferior ao padrão internacional, situação que atribuiu a deficiências na manutenção realizadas pelos operadores privados.
Para além da questão da manutenção, o ministro apontou a falta de faixas dedicadas ao transporte público como um dos principais entraves à eficiência do sistema. Este factor, explicou, reduz drasticamente a produtividade, fazendo com que um autocarro realize, em média, apenas metade das viagens que teoricamente poderia efetuar num dia.
Questionado sobre a meta de frota necessária para a cidade, que especialistas situam em cerca de 4500 autocarros, o ministro afastou uma análise puramente quantitativa. Argumentou que a eficiência não se mede apenas pelo número de veículos, citando o exemplo de Paris, uma cidade com 12 milhões de habitantes que opera com cerca de 3000 autocarros.
A solução, afirmou, passa antes por uma reorganização profunda do sistema de mobilidade, que deve funcionar de forma integrada entre a administração central, as províncias e os municípios.

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