A fábrica de fundição de alumínio em Moçambique, unidade da multinacional australiana South32, anunciou que vai manter a sua meta de produção anual em 350 mil toneladas de alumínio em 2025, apesar dos constrangimentos verificados no primeiro trimestre.
A companhia, localizada nos arredores de Maputo, por sinal, a segunda maior em África, registou uma redução de 18% nas vendas no trimestre encerrado em Março, resultado da decisão anterior de diminuir temporariamente a amperagem da fundição, numa estratégia de gestão dos níveis de matérias-primas disponíveis.
Ainda assim, a empresa espera recuperar o ritmo de produção no segundo trimestre, com o escoamento gradual do inventário acumulado.
Numa nota divulgada pela Engineering News, a South32 indicou, paralelamente, estar a trabalhar com a empresa pública sul-africana de energia - Eskom, e com o Governo de Moçambique, para garantir a continuidade do fornecimento hidroeléctrico à Mozal além de Março de 2026.
“No actual cenário, não existem alternativas viáveis de fornecimento de energia renovável em escala compatível com a dimensão da operação”, destacou a multinacional.
“Continuamos focados em concluir um novo acordo de fornecimento energético ainda este ano, o que permitirá à fundição manter a sua operação e o contributo significativo que oferece à economia de Moçambique”, acrescentou.
A Mozal tem vindo a destacar-se na produção de alumínio sustentável em África, num contexto de crescente procura por metais com menor impacto ambiental. A unidade moçambicana de fundição de alumínio é uma das maiores unidades industriais de Moçambique, com impacto relevante na balança comercial, com uma contribuição de cerca de 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB), bem como na geração de empregos directos e indirectos.