O recurso do Estado ao endividamento interno, no mês de Maio de 2025, resultou na emissão de títulos do tesouro avaliada em pelo menos 441,7 mil milhões de Kwanzas, reflectindo um aumento de, aproximadamente, 297% face ao mesmo período de 2024, calculou a E&M com base nos na informação tornada pública pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
A emissão de títulos do tesouro mais que duplicou no quinto mês do presente ano económico, em relação ao período homólogo, porque em Maio de 2024 o Estado (como se pôde observar na informação do banco central) escusou-se a fazer recurso aos bilhetes do tesouro, cingindo-se às obrigações do tesouro.
Quanto ao volume de títulos do tesouro colocados em Maio do exercício económico corrente, a emissão de bilhetes do tesouro (BT) representou, aproximadamente 38% do total (pelo menos 166,78 mil milhões Kz), ao passo que obrigações do tesouro (OT) quase 62% (pelo menos 274,72 mil kz).
Os dados do BNA também permitem perceber que o Estado teve maior necessidade de financiamento em Maio deste ano, se comparado com o mesmo mês de 2024. Registou-se um aumento de, aproximadamente, 174% (pelo menos 163,7 mil milhões Kz) na emissão de obrigações do tesouro.
A necessidade de financiamento (adicional) do Estado, no quinto mês deste ano, segundo analistas, também pode ser justificada pela emissão de BT.
O Estado, avançaram, procurou por mais recursos para financiar despesas, investir em projectos ou cobrir o défice orçamental. Mudanças na política de endividamento ou na gestão da dívida podem ainda influenciar a frequência e magnitude de emissão de BT (contexto financeiro e económico).
As taxas de juro, a demanda por dívida soberana e a percepção de risco do País variam de ano a ano, o que também pode influenciar a decisão de emitir novos títulos do tesouro, no caso BT (condições de mercado).
Embora a emissão de BT em Maio deste ano tenha ocorrido pela necessidade de captação de financiamento adicional por parte do Estado, também pode ser utilizada pelo banco central, a fim de controlar a inflação ou a liquidez na economia (estratégia de política monetária).
Se o Estado decide aumentar ou reduzir a emissão de dívida, defendem analistas, indica uma estratégia de equilíbrio fiscal ou de estímulo económico diferente ao longo dos anos (política fiscal).