É um projecto para não recuar, confirma o ministro da Juventude e Desportos: a Sonangol vai assumir a gestão do estádio da Cidadela, em Luanda. Mas será da responsabilidade do Estado alojar as várias federações que funcionam nas instalações anexas ao mítico recinto desportivo, esclareceu Rui Falcão.
O governante, que falava, recentemente, à TV Zimbo, deixou claro que o acordo em causa passa por entregar a gestão da Cidadela à petrolífera estatal: “A Sonangol, depois, pode terceirizar o uso [do estádio], mas o projecto visa, digamos, a requalificação do espaço da Cidadela Desportiva”.
Avançou que o documento que servirá de base para a passagem do controlo do estádio do MINJUD à maior empresa do País “está feito”, pelo que a efectivação do projecto depende apenas do alojamento das distintas associações desportivas instaladas no local.
“Temos o Comité Paralímpico, temos quase todas as federações nacionais ali, a excepção é a de Futebol e mais uma, de Desportos Náuticos, e mais uma outra. O resto está tudo aí. Não posso entregar a infra-estrutura e dizer aos senhores das Federações: ‘Agora ponham os vossos livros debaixo do braço e idem para casa’. Não é assim que as coisas funcionam”, afirmou.
Rui Falcão adiantou que já “há alguma luz no fundo do túnel” quanto a potenciais locais para acolherem as federações desportivas cadastradas, e sublinha que o propósito do seu elenco é que o processo de passagem das instalações para a Sonangol seja feito “o mais rápido possível”.
“Há algumas alternativas que, do nosso ponto de vista, seriam boas e viáveis. Bom, mas quem detém esse património tem que dar o ‘agreement’. (...) Tão logo consigamos alojar as federações, vamos entregar o património”, observou o ministro da Juventude e Desportos.
Afirmou que, nos próximos momentos, o seu pelouro vai lançar concursos para entregar a gestão de recintos desportivos públicos a entes privados.
“Temos que perceber o seguinte: manutenção é uma coisa, gestão de espaço desportivo é outra coisa. E a gestão de espaço desportivo integra a manutenção. Mas é muito mais do que a manutenção. E o que estamos em busca é de alguém que seja capaz, de facto; e por isso vamos lançar os concursos, para ver se apareçam empresas que sejam capazes de assumir essa gestão e tornar – porque só assim é que será possível – aqueles espaços rentáveis”, anunciou.
O titular do MINJUD observou, entretanto, que é preciso que os cidadãos entendam que, para se tornar rentável um espaço desportivo, há que se assumir custos: “Os clubes não pagavam nada para jogar no [estádio] 11 de Novembro; hoje, já contribuem. Não fosse assim, não teríamos o ‘11 de Novembro’ que temos agora”.

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